Carlos Furtado...o contador de histórias.
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Um pouco de minha reflexão
- Por que será que vivemos trabalhando para produzir o que não consumimos e, em troca disso, consumimos o que não nos é útil e temos o que não utilizamos, e, por fim, nunca estamos satisfeitos?
(você não é seu emprego ou o dinheiro que possui)
- Por que vivemos comprando coisas que que as propagandas dizem ser úteis: como shampoo, credit card, mesa-portátil, bolo recheado, aparelho de dvd, etc. e nunca temos tempo para desfrutá-los (mas arranjamos tempo para adquirí-los) ? E, o que é pior, quanto mais adquirimos esses produtos menos tempo temos para utilizá-los, e, menos tempo ainda temos para nós mesmos... será que temos tempo para nos perguntarmos se esse consumismo nos faz bem?
(as coisas que voce possui acabam te possuindo)
- Mas, como esse sistema (de producao e consumismo) se mantêm e se desenvolve? A economia capitalista não é baseada no capital e no lucro? Então, é simples, tudo o que é preciso para funcionar são de coisas que produzam e coisas que consumam, e, que o gasto com a produção seja baixo e o valor do que é vendido seja alto, pois é de onde vem a renda, ou melhor, o lucro. Pois então, não somos nós as coisas que produzem e as que consomem?
(nós somos os filhos de um país ridículo e sem história, sem propósito ou lugar. não tivemos grande guerra, não tivemos grande depressão. nossa grande guerra é a guerra espiritual, nossa grande depressão são nossas vidas)
- Por que sempre que vamos a algum lugar para nos distrair procuramos o consumo (cinema, bares, restaurantes, lan houses, danceterias, lanchonetes, supermercados, shoppings, etc) ? Por que qualquer distração ou uma simples reunião de amigos procuramos o consumo? Ora, não é o que o sistema econômico precisa para funcionar? Se não estamos produzindo temos de consumir, não é a regra?
(essa é a sua vida e está acabando a cada minuto)
- Por que nunca estamos satisfeitos com o que temos? Por que nunca consumimos o que realmente precisamos? Por que consumimos a todo momento qualquer coisa que seja a propaganda veiculada aos nossos sentidos? Por que nos submetemos a trabalhar num serviço que não gostamos? Por que apesar de nos queixar-mos já nos "acostumamos" em ver pessoas queixando? Será que a 'queixa' virou costume e deixou de ser 'queixa'?
(a propaganda nos faz correr atrás de coisas e a trabalhar em empregos que odiamos para comprar porcarias de que não precisamos)
- Por que será que achamos que dependemos de empresas para nos sustentar? Será que não acreditamos em nosso próprio trabalho? Por que nos sentimos mais seguros com um emprego do que com nós mesmos? Por que confiamos numa instituição que explora os funcionarios e clientes para seu lucro e não se importa se existimos ou qual nosso nome? E em troca não confiamos em nós mesmos?
(sou um lixo, um merda, um doido, para você e para toda esta porra de mundo. você nem quer saber onde moro, o que sinto, como alimento meus filhos ou como vou pagar o médico se ficar doente)
- Por que esquecemos que vamos morrer um dia e nossa vida terá sido sempre a mesma, sem ao menos percebermos que existimos e sim que existiram produtos que consumimos e trabalhos que exercemos? Não sabemos que quando morrermos não teremos mais nada disso, nem o trabalho, nem o consumo, e o que é pior, não teremos o que passamos recusando a vida inteira: 'nós mesmos'??
(estamos arriscados a morrer a qualquer hora, a tragédia é que não morremos)
- Por que optamos por viver uma fantasia e não a realidade? Por que consumimos produtos para o 'bem-estar' de nosso futuro se vivemos no presente e não temos tempo no presente para usufruir desse 'bem-estar'?
(fomos criados pela televisão para acreditar que um dia seríamos ricos, estrelas de cinema e do rock. mas não seremos. e estamos aos poucos aprendendo isso)
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
3 parte do conto da montanha das almas
- Você sou eu?...Impossível. – disse Helena.
- Na verdade parte de você. – disse Solara.
Bom, acho que vou ter que abrir os seus olhos para as coisas que estão acontecendo e como tudo funciona neste mundo, um porcento da população retém um riqueza que se fosse dividida igualmente ninguém passaria fome, este método é usado para controlar todos nesta terra para que sofram bastante cada vida aqui passada, e agora os sacrifícios aumentam a cada dia.
Helena estava congelada diante de Solara, ela não conseguia pensar que a sua vida poderia ser tirada de apenas para satisfazer a vontade de um Deus perverso.
Helena foi até o banheiro pegou a vassoura e retornou para a Solara que continuava a falar.
Solara segurou a vassoura em forma horizontal e como da primeira vez, ela começou a recitar uma espécie de poema.
Uma bolha de agua transparente se formou instantaneamente a frente de Solara do tamanho da palma de sua mão, Helena ficou maravilhada com a cena e estendeu a mão para tocar a bolha.
Solara pegou um pedaço de papel de seu bolso e o encostou na bolha, no mesmo instante o papel pareceu desintegrar.
Helena pegou o cabo da vassoura colocou em forma horizontal exatamente como Solara e recitou:
Nada aconteceu Helena tentou mais quinze vezes até se dar por vencida.
Helena saiu correndo para o banheiro e se trancou, ela viu uma janela que dava saída para o lado externo e pulou, ela logo se viu em meio há uma pastagem rasteira, o dia estava amanhecendo e olhando para trás ela avistou uma pequena cabana de madeira da qual acabara de sair, mesmo relutante ela continuou correndo pela pastagem e avistou um rio, correu pela sua margem acreditando que daria em alguma cidade, em alguns minutos ela avistou uma mulher de casaco marrom e calças longas, ela foi até a mulher em estado ofegante e perguntou:
A mulher que agora de perto Helena via os seus olhos castanhos e sua cor pálida, lhe fitava como um cão a um pedaço de carne, ela nada disse somente pegou a mão de Helena que começou a ficar com falta de ar e caiu de joelhos no chão enquanto aquela estranha lhe sugava a vida.
Helena agora já estava fria e com os olhos pesados, viu apenas a silhueta de Solara desferindo um golpe contra aquela mulher, ela se sentia melhor agora que a mulher não segurava mais a sua mão, a mulher arremessou uma bola de fogo contra Solara que caiu desmaiada no chão, a mulher rindo ia em direção a Solara que estava a alguns metros de distancia.
Helena foi se arrastando pela pastagem até tocar em um tronco de arvore caído, ela se lembrou da invocação e começou a recitar em desespero para salvar Solara:
Nada aconteceu Helena Tentou novamente e novamente e não conseguia fazer a invocação.
Helena não podia acreditar no que estava prestes a acontecer, a mulher vinda em sua direção para acabar com sua vida e ela incapaz de fazer alguma coisa para impedir, sua vida passava diante dos seus olhos, ela percebeu que sempre soube que este momento chegaria seus sonhos quando criança lhe mostrando um mundo inacreditável que ela até o momento não conseguira identificar, uma vida que lhe parecia sem sentido embora tivesse amigos, família e tudo o mais que alguém poderia desejar nada era suficiente e aquela mulher estava prestes a lhe tirar a esperança de encontrar um verdadeiro sentido naquilo tudo.
A mulher agora esta há um metro de distancia de Helena, ela sorria se deliciando com aquela situação enquanto Helena não conseguia aceitar ser morta tão repentinamente, ela deixou que um sentimento raiva com determinação tomasse conta de todo o seu corpo e mais uma vez ela recitou:
No momento em que a mulher esticou o braço em direção a Helena o tempo parou tudo ao redor ficou em silêncio e uma luz forte brilhou acima de Helena, a figura de uma mulher azul da cor do mar surgia dentro de um vestido azul cintilante ela pairava no ar e com sua voz em tom suave perguntou para Helena:
Os olhos de Helena ardiam como fogo, Solorum olhava para aquela expressão determinada e percebeu que aquela menina falava a verdade.
A mulher desapareceu no ar como havia aparecido, o tempo agora voltara ao normal e a mulher estava prestes a tocar em Helena.
Uma bolha dez vezes maior que Helena surgiu acima de sua cabeça, a mulher vendo que ela conseguira completar a invocação começou a correr na direção oposta, mas Helena com os olhos brilhantes como estrelas falou:
A bolha foi arremessada contra a mulher que ao ser tocada congelou instantaneamente e toda a pastagem ao seu redor num raio de dez metros, o impacto foi tão forte que a vibração estremeceu toda a terra por quilômetros, Helena foi em direção a Solara e a levantou:
Continua...
Galera desculpe pela demora, mas como vocês puderam ver está muito grande e bem detalhado.
Sexta tem mais, um grande abraço a todos.
Promovam no Orkut e divulguem pelo MSN.
Vlw pessoal
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
2 parte do conto da montanha das almas
O frio tomava conta do corpo de Helena, ela mal conseguia respirar, a sensação de que sua vida estava sendo drenada por aquele homem desconhecido a deixava paralisada. O homem apenas sorria maliciosamente e olhava fundo em seus olhos.
- Não, não me mate. – disse Helena.
- Mas eu não vou matá-la, minha querida. Eu quero que você venha comigo. – disse o homem
- Eu só quero ir embora, por favor, me deixe ir, senhor.
- Você só sairá daqui comigo, vou quebrar o seu espírito e atravessar junto de ti, mas você vai gostar, qualquer coisa deve ser melhor do que cumprir pena neste mundo como uma humana... Mas o que é isso?
Neste momento uma roda de fogo cercou o homem misterioso, Helena agora conseguia se mexer normalmente, foi quando ela olhou para o lado e viu uma garota que aparentava ter uns doze anos de idade, era loira, com olhos azuis, magra, com algumas sardas em sua bochecha que, de tão branca, chegava a ficar avermelhada com o frio, ela vestia uma camiseta branca com um short azul e um tênis preto, mas o que chamava atenção era uma espécie de bastão de madeira em suas mãos, a menina olhava alegremente para ela e foi logo falando rapidamente:
- Nossa, que bom que eu cheguei na hora, Helena. Mais um pouco e você já era. – disse a menina.
- Quem é você? – perguntou Helena.
- Eu sou Solara, sua única chance de viver de verdade. – disse Solara
- Única chance?... Viver de verdade?
- Não temos tempo agora, Helena, temos que sair daqui antes que ele se liberte. – disse Solara
- Mas como posso confiar em você? - Perguntou Helena
- Você prefere ficar perto do homem que está sugando a sua vida?
- Mas...
- Não precisa confiar em mim, apenas veja nos meus olhos. – Disse Solara
Helena encarou aquela garotinha por alguns segundos, e lembrou-se de que aquele mesmo rosto já havia aparecido em diversos sonhos em sua vida.
- Já está lembrando-se de mim, isso é um bom sinal - Disse Solara feliz
Solara pegou a mão de Helena e começou a correr pela floresta até chegarem numa pequena clareira. Solara fez um circulo no chão em volta das duas e disse:
- Bom, você vai sentir um frio na barriga.
- Como assim? – perguntou Helena
- Vamos sair daqui, vou fazer uma liberação para nos transportar para bem longe. Disse Solara
- Acho que quero desistir disso, Solara.
Mas já era tarde, Solara já havia cravado o bastão no centro do circulo e começou a recitar uma espécie de poema:
- ESPÍRITO DO VIAJANTE, A TI PEÇO O SEU PODER... TRANSPORTE-NOS!
Helena se sentiu como num elevador em alta velocidade, a imagem da floresta se distorcia e a imagem de um quarto ia se formando, em fração de segundos lá estavam as duas, num quarto empoeirado, com uma cama de casal com um lençol marrom bem gasto, o teto de telhas de cerâmica vermelha, enquanto o chão era de madeira com um grande tapete cinza no centro do quarto, ao fundo via-se uma escrivaninha, um guarda roupas e a porta que levava ao banheiro.
- Chegamos. – Disse Solara
- Onde nós estamos? Perguntou Helena.
- Numa cabana no interior, nas montanhas rochosas. – disse Solara
- Nossa, mas como foi que viemos parar aqui? – perguntou Helena.
- É meio complicado de explicar agora, mas por hora, mesmo sendo neste mundo, pra mim é possível me locomover desta forma.
- Eu estou confusa. – disse Helena
- Eu sei que é difícil pra você, nós estávamos em Toronto e agora estamos nas montanhas rochosas no interior, mas posso lhe garantir que nesta parte do Canadá estamos seguras.
- Eu quero ir pra casa, Solara. – disse Helena
- Definitivamente é o último lugar para se estar.
- Como assim “último lugar”? – perguntou Helena
- Através do rastro do seu espírito é possível saber tudo sobre você, já que você não possui nenhum tipo de proteção.
Helena não sabia o que fazer, diante dela uma garota que havia acabado de transportá-la para um lugar desconhecido e falava em espíritos e um homem que outrora lhe falara de prisão como uma humana, ela estava desnorteada e não sabia o que dizer para Solara, mas como se estivesse lendo seus pensamentos Solara falou:
- Não precisa ter medo de mim Helena e nem tampouco desta situação.
- Mas como não ter medo? Eu não sei quem é você e há poucos minutos eu senti como se fosse perder a minha vida. Disse Helena chorando.
- É uma longa história pra lhe contar Helena, mas não precisa se preocupar, eu vim aqui mandada para lhe levar para o mundo de onde você nunca deveria ter sido expulsa.
- Mas, Solara, como posso acreditar nessa loucura que você está me dizendo?
- Você tem que acreditar Helena, por que eu sou...Você.
Feito por Carlos Furtado
o contador de histórias
Editora Chefe
Nathalia Bruno
Galera sexta tem mais acompanhem comentem e promovam este blog.
até mais pessoal.